22 de jul. de 2010

Eu no cabeleireiro


Como muitas pessoas, aprecio essa coisa de ir ao cabeleireiro, mas vou poucas vezes por ano, porque não acho necessário, pelo menos no meu caso.  Tenho um cabelo que não precisa de muita manutenção, além do lavar e secar. Só quando o cabelo já está super longo vou porque não tem jeito mesmo. Nunca vi tanto cabeleireiro por metro quadrado como aqui nesta cidade. Os mais careiros estão vazios e aguentam mal a concorrência, e os mais em conta ficam cheíssimos.

Só tenho que cortar o cabelo de maneira simples e por isso sempre vou ao mesmo que está perto de casa. Sou do tipo que dá prejuízo. Porque além de tudo, como  muita gente, aproveito enquanto espero para devorar todas as revistas Hola (a revista Caras espanhola) que eu puder, já que eu não tenho o costume de comprar essa revista (muito cara para os benefícios tão efêmeros que proporciona).

Gosto mesmo é de ver todas as fotos destas revistas e saber de todas as fofocas no menor intervalo de tempo possível. O mesmo acontece quando estou na sala de espera do médico ou dentista (é sempre uma grande decepção estar em uma sala de espera em que não há nenhuma revista de fofocas). Faz parte do ritual.

Uma revista que eu gosto de ver nesses momentos além da Hola também é outra de fofocas, da qual não lembro o nome mas que reconheço logo na pilha de revistas, que tem umas dicas legais de cozinha, de tirar manchas, limpeza, etc.  Quando penso nesses gostos chego à conclusão de que realmente estou me transformando numa Amélia. Não sei porque adoro ler esse tipo de coisa, porque no final das contas não me lembro de nada quando preciso daquelas dicas.

Então, eu estava falando do cabeleireiro. É que não sei se só eu acho estranho isso, mas quando eu ia ao cabeleireiro antes de vir para cá, era lavar, cortar e secar e eu pagava um preço. Mas aqui eles querem cobrar cada coisa de forma separada. Isso me ocorreu em todos os cabeleireiros em que estive. Depois de lavar e cortar fazem uma pausa de suspense. Se eu sigo ali sentada começam a secar meu cabelo. E o preço que estava na porta engorda em não sei quanto. Agora vou a um cabeleireiro em que no preço está tudo incluído, ou seja, é um preço único por lavar, cortar e secar, o que eu acho mais lógico.

Mas uma vez ali pedi que não secassem muito meu cabelo, porque sentia que quase queimavam minha cabeça com o secador, já que o colocavam muito perto do couro cabeludo e por muito tempo. Ou seja, o que eu não queria mesmo era a escova, que estivessem passando a escova mil vezes junto com o calor do secador.

Justamente o que não gosto é sair do cabeleireiro e que todo mundo  saiba que estive lá. Sei lá, o cabelo tem que parecer natural... Acharam aquilo de eu não querer secar muito o cabelo estranho. E depois na hora de cobrar descontaram o valor da secagem. Acho que pensavam que eu pedia para não secar muito porque queria pagar menos, mas isso é meio absurdo... já que era um preço único. Agora não falo nada e deixo que sequem meu cabelo porque é mais simples que ficar explicando porque não quero escova no cabelo.

 ***

Já que o tema é cabeleireiro, em dias chuvosos costumo encontrar senhoras recém saídas do cabeleireiro com sacolas na cabeça, para que a chuva não estrague o penteado. Ainda não pude tirar nenhuma foto, mas quando puder posto aqui.

Há um grupo no facebook chamado "Señoras con la bolsa en la cabeza cuando llueve". Ali você pode ver algumas fotos deste simpático costume.

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foto de anthony kelly
este é um texto de 2007 que revisei e estou postando agora.

2 comentários:

  1. Haha, espero ñ ser flagrada por ai. ;)

    Eu faço escova em casa mesmo, já que meu cabelo é afro e nunca encontrei um filho de Deus que fizesse uma escova bem feita no meu bril.

    Mas se saio de escova e de repente começa a chover e estou sem guarda chuva... Fico doida! Cabelo enrolado é bonito, mas cabelo escovado e planchado depois de uma garoa, ninguém merece! rsrs

    Adorei o blog.

    Bjus da Ta

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  2. Oi Ta,

    Imagino o drama do cabelo recém escovado e logo uma chuva. Vc pode fazer como as senhoras e apelar para sacola quando esquecer o guarda-chuva. Já que aqui é normal, tem que aproveitar. hehe

    um abraço

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