4 de set. de 2007

Outra vez, os bancos

Hoje recebi uma ligação do meu banco. Uma tentativa de me vender um plano que eu pensei que já tinha, visto que anteriormente havia recebido uma carta do diretor do banco me felicitando por ser a mais nova cliente em aderir àquele plano. Coisa estranha.

Mas enfim, o negócio é que como muitas pessoas, odeio telemarketing e na mesma proporção a forma de atuar dos bancos. Há uma tensão no ar quando a pessoa do outro lado da linha não entende a concisão e profundidade do meu "não". Há tensão quando me fazem propostas indecentes, como dizer que posso me endividar em três vezes o valor do meu salário com toda liberdade do mundo (mas obviamente não me detalham as conseqüências obscuras), que posso enviar dinheiro para o "meu país" com descontos, ou seja, além de me incomodarem me ficam jogando na cara que me encontraram, selecionaram e sabem que sou uma estrangeira em país alheio, apesar de eu pagar as mesmas comissões que os espanhóis e apesar de eu manter meu dinheirinho (cada vez mais inho) em seus preciosos cofres para eles poderem especular e fazer mil firulas.

Outro dia, recebi uma ligação no meu celular, com uma promoção maravilhosa de canal plus latino, para mim, super latina que sou, estrangeira, brasileira. Ou seja, o banco havia fornecido meus dados a terceiros que agora me ligam para oferecer essa promoção imperdível. Sei que foi o banco porque não há outra entidade que possa relacionar meu nome com meu celular e porque meses antes havia recebido junto com uma mala direta do banco essa maldita promoção do canal plus latino. Fiquei pasma. Eu só queria ser tratada como uma cliente qualquer, que me esqueçam, não tenho grana para enviar a nenhum lugar ou para pagar canal plus latino!

Mas isso que estou contando não é para dizer que me sinto apontada e excluída. Na realidade é para desabafar e ilustrar o ódio universal que se pode sentir por algumas empresas.

Aqui na Espanha todo mundo reclama dos abusos e incômodos causados por certas empresas, como ocorre em outros países. Principalmente as de telefonia e as entidades financeiras. Se o fulano tenta encerrar uma conta é uma via-crúcis, se tenta mudar de companhia telefônica é outra coisa impossível e por aí vai. É universal!

Para compreender melhor meus sentimentos, leia o artigo Entrámpate tío do Sr. Arturo Pérez-Reverte no XL Semanal.

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